O que é empreender para você? Para muitas pessoas, empreender significa criar negócios que no curto ou longo prazo irão gerar lucros e retorno financeiro para os donos. Porém, nem sempre é assim, por isso você deve conhecer o empreendedorismo social.
Problemas sociais em comunidades, bairros e até globais são encontrados diariamente por nós, principalmente por quem mora em locais periféricos de cidades grandes e nem sempre recebem o apoio do governo para ajudar a resolver esses problemas.
Para isso, alguns empreendedores criam modelos de negócios que possam ser lucrativos e ao mesmo tempo sociais, através de medidas sustentáveis.
Visando gerar não só dinheiro, mas também melhorias em todos os setores de uma comunidade.
E se você quiser, você também pode apostar no empreendedorismo social com algumas das ideias que eu vou trazer para você nesse artigo.
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O empreendedorismo social funciona com 3 pilares principais, são eles:
- Identificar um equilíbrio estável, porém injusto, onde causa exclusão, sofrimento, marginalização de um segmento da humanidade que não possui dinheiro para alcançar qualquer benefício transformador;
- Identificar uma oportunidade nesse equilíbrio injusto, desenvolver uma proposição de valor social, trazendo assim inspiração, criatividade, ação, coragem e desafiando a hegemonia do estado estável.
- Criar um novo equilíbrio que finalmente mostre o potencial inexplorado ou resolva algum sofrimento de uma comunidade, por meio da criação de um ecossistema estável.
Por fim, empreender pode significar criar valor a algo, visando assim o lucro ou a melhoria de vida de alguém ou um grupo alvo de pessoas.
No Brasil, o empreendedorismo social pode ser encontrado através de alguns projetos mais populares.
O Projeto Tamar, que possui como objetivo principal a preservação de espécies de tartarugas marinhas.
O Instituto Chapada, onde o empreendimento tem como objetivo ajudar a formação de professores e coordenadores pedagógicos.
A GRAACC (Grupo de Apoio ao Adolescente e Criança com Câncer), que visa oferecer a crianças e adolescentes com câncer um atendimento de alto padrão e qualidade.
Entre vários outros projetos.
O Empreendedorismo social está presente em áreas de desenvolvimento como:
Educação, inclusão digital, moradia de baixo custo, reciclagem, indústrias limpas, energias alternativas, agricultura, uso de água, saúde, nutrição comunitária, multiculturalismo, oportunidades para deficientes e direitos humanos.
Porém, isso não significa que apenas pode ser considerado empreendedorismo social quem atua nessas áreas. Esses são alguns exemplos de onde esses empreendedores mais atuam.
Mas você pode estar se perguntando: O que leva uma pessoa a abrir mão do lucro total para investir em soluções para problemas sociais?
E eu te respondo: Propósito!
Esses empreendedores encontram no trabalho uma missão que ultrapassa a busca pelo sucesso financeiro, uma missão que reflete no benefício de mais pessoas.
E é necessário sim uma visão empreendedora para conseguir visualizar problemas e suas soluções. Sem essa visão não conseguimos enxergar as coisas fora da caixa.
O equilíbrio financeiro
Falando assim parece que no empreendedorismo social é preciso abrir mão de todo resultado financeiro do negócio. Mas não é assim, mesmo não sendo a principal meta para o empreendedor social, o retorno financeiro é o que irá possibilitar pagar colaboradores, despesas e também realizar novos investimentos.
Para conseguir o capital inicial para abrir uma empresa, vários empreendedores decidem lançar campanhas de financiamento coletivo, buscar investidores, aceleradoras, etc.
Quando se vai apresentar a ideia de negócio, é importante destacar o impacto social esperado e também como vai ocorrer o retorno financeiro para que esse projeto dure.
Para entrar para o mercado do empreendedorismo social, é necessário enxergar a missão de ajudar o próximo antes de qualquer tipo de lucratividade.
Utilizando soluções inovadoras para problemas de comunidades e também visando aliviar a dor do público-alvo.
Ande por setores periféricos e converse com as pessoas que moram lá.
Faça um levantamento do que eles mais sentem falta, do que mais traz angustia aos moradores do local.
Crie uma solução para aquilo.
Envolva os moradores de alguma forma no seu projeto.
Busque capital para começar e nunca esqueça que para isso, também é necessário criar um Plano de Negócios que além do propósito de ajudar, vise alguma lucratividade para reinvestir no projeto e sustentar as contas e colaboradores.
Veja algumas ideias de projetos:
Design da comunidade
Essa ideia de projeto colaborativo, desenvolvida pelo arquiteto Marcelo Rosebaum, busca resgatar as raízes e valores de comunidades em situação de miséria. Juntos, os moradores das comunidades beneficiadas fazem mutirões para pintar casas, construir áreas de lazer e também trabalhar com artesanatos.
Renda para detentas
Essa ideia visa ensinar mulheres detentas a fazer bolsas com sobras de tecidos e vende-las pela Internet. Esse projeto teve iniciativa pela estilista Jakeline Souza e recebeu até apoio do governo de Minas Gerais.
Essa é uma forma de dar uma alternativa para que as detentas sustente suas famílias enquanto cumprem pena.
Dentista parcelado
A dentista Ana Cristina criou o Espaço Hospitalar Nova Odontologia, que visa atender moradores da comunidade de baixa renda no Rio de Janeiro.
Para testar a viabilidade da sua ideia, Ana criou um projeto piloto antes de executar de vez o projeto.
Horta metropolitana
O Projeto Hortas Urbanas quer ocupar com pequenas plantações os espaços ociosos em grandes centros urbanos, e dessa forma, incentivar a alimentação saudável.
O plano é cobrar preços de mercado de quem pode pagar e subsidiar a compra para a população de baixa renda.
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